Estudantes do DF assumem cargos de liderança por um dia
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Projeto promove vivência em ambientes de poder e incentiva protagonismo feminino nas escolas públicas
Trinta alunas da rede pública do Distrito Federal estão vivendo uma experiência diferente em 2025. Selecionadas pelo projeto “Meninas em Ação”, elas foram convidadas a ocupar, por um dia, cargos de liderança em instituições como ministérios, embaixadas, organismos internacionais e empresas. A iniciativa tem como meta estimular a participação feminina em espaços de decisão e ampliar horizontes para jovens que, muitas vezes, não se veem representadas nesses ambientes.
A programação segue até outubro e envolve atividades práticas nos locais visitados, além de acompanhamento de profissionais que atuam nas áreas escolhidas pelas estudantes. A seleção considerou o desempenho escolar, engajamento comunitário e perfil de liderança. Segundo os organizadores, trata-se de um passo para transformar perspectivas e ampliar oportunidades para meninas do ensino médio, especialmente em regiões de maior vulnerabilidade social.
Durante o primeiro encontro, realizado no Palácio do Buriti, as jovens foram recepcionadas por autoridades do governo local. Ali, receberam orientações sobre a estrutura do projeto e participaram de uma roda de conversa sobre políticas públicas para mulheres. Algumas delas já têm destinos definidos: representações diplomáticas, veículos de comunicação e espaços de inovação tecnológica.
A estudante Anna Beatriz, de 17 anos, será “embaixadora por um dia”. Para ela, a experiência pode influenciar diretamente suas escolhas futuras: “Nunca pensei que poderia estar em um lugar como esse. Isso mostra que a gente pode chegar onde quiser”.
O “Meninas em Ação” é promovido pela Secretaria da Mulher em parceria com a Secretaria de Educação e outras instituições. O projeto também busca fortalecer o protagonismo estudantil nas escolas, inspirando mais jovens a ocuparem posições de liderança e a se envolverem em causas sociais e políticas.
Com essa vivência, as participantes têm a chance de ampliar repertórios, desenvolver autoconfiança e entender melhor como funciona a gestão pública e privada. É uma aposta na formação de lideranças mais diversas, começando já na juventude.