Tratamento humanizado transforma rotina de pacientes com asma no Hospital de Base
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Histórias de superação mostram que é possível conviver com a doença com qualidade de vida e acompanhamento adequado
O tratamento contínuo oferecido pelo Hospital de Base do Distrito Federal vem mudando a realidade de pessoas com asma. No ambulatório de pneumologia, pacientes recebem não apenas medicação gratuita, mas também suporte multiprofissional e orientações para controlar a doença.
Uma das beneficiadas é Jéssica Lima, de 33 anos, diagnosticada com asma desde a infância. Após sucessivas internações por crises respiratórias, ela encontrou no programa de acompanhamento um caminho para retomar a vida com mais segurança. “Antes, eu vivia no pronto-socorro. Hoje consigo trabalhar, estudar e cuidar dos meus filhos”, contou.
O atendimento especializado reúne médicos, enfermeiros e fisioterapeutas que orientam sobre o uso correto dos dispositivos inalatórios e o controle dos fatores desencadeantes. Para os casos graves, há medicações de uso contínuo, como os anticorpos monoclonais, aplicados conforme protocolos clínicos.
O programa tem hoje cerca de 1.100 pessoas em acompanhamento. “O primeiro passo é entender que a asma tem controle. Com tratamento adequado, a maioria dos pacientes consegue levar uma vida normal”, explica a pneumologista Luciana Marques.
Segundo dados da Secretaria de Saúde do DF, mais de 18 mil pessoas receberam atendimento por crises asmáticas na rede pública em 2023. O número reforça a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento constante.
Além do tratamento médico, o hospital aposta em rodas de conversa, palestras e materiais educativos que ajudam o paciente a reconhecer sinais de alerta e adotar medidas preventivas. As atividades também fortalecem o vínculo entre equipe de saúde e usuários do sistema.
O serviço funciona de segunda a sexta-feira, por agendamento, e atende exclusivamente pacientes encaminhados por outras unidades da rede pública. O foco é garantir acesso e continuidade ao tratamento, especialmente para casos moderados e graves.
Fotos: Divulgação/IgesDF