Pesquisa amplia diagnóstico da violência doméstica no DF

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Novo formato de levantamento em segurança pública traz bloco exclusivo para mulheres e deve fortalecer ações de prevenção e acolhimento

A Pesquisa Distrital de Segurança Pública de 2025, em andamento no Distrito Federal, traz uma inovação que promete ampliar a compreensão sobre a violência doméstica. Pela primeira vez, as entrevistas contam com um bloco exclusivo voltado às mulheres, abordando desde agressões físicas até violências psicológicas, patrimoniais, morais e sexuais.

A iniciativa busca dar visibilidade a situações que, muitas vezes, não chegam às estatísticas policiais. A proposta é que as entrevistadas possam relatar não apenas suas experiências, mas também de mulheres próximas que já tenham sido vítimas, aumentando a precisão do diagnóstico.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, essa escuta mais sensível permitirá fortalecer as políticas de enfrentamento e aprimorar os serviços de proteção. O levantamento também vai apoiar programas como o Viva Flor e o Dispositivo de Proteção de Pessoas, que monitoram vítimas e agressores, além de subsidiar ações da rede de atendimento.

Outro ponto de destaque é a integração com a Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios, que já identificou que cerca de 70% das mulheres assassinadas não haviam registrado ocorrência prévia contra o agressor. O novo modelo de pesquisa deve contribuir para reduzir a subnotificação e orientar estratégias de prevenção mais eficazes.

Autoridades da área de segurança e da Secretaria da Mulher ressaltam que o diagnóstico aprofundado vai ajudar a direcionar investimentos e ações conjuntas entre governo, sistema de justiça e rede de proteção, ampliando a capacidade de acolhimento e garantindo maior segurança às mulheres do DF.

Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

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