Leandro Grass não é a prata da casa
Compartilhar
Ignorado pelo PT e esquecido pelo eleitor, Grass tenta manter relevância enquanto Celina Leão cresce no coração do brasiliense
Por Andrey Neves
Leandro Grass não é a prata da casa, e isso deve doer. Apostou alto ao deixar o Partido Verde e se filiar ao PT, acreditando que o partido lhe abriria as portas do Buriti. Mas o que encontrou foi silêncio. Guilherme Sigmaringa, presidente do PT-DF, evita até citar seu nome quando fala de possíveis candidaturas. A sigla, que adora falar de projeto coletivo, parece não ter espaço para ele.
Grass tenta se segurar na velha tática de colar em Marina Silva, sua mentora política desde os tempos de PV, PSB e Rede Sustentabilidade. Marina, que um dia pregou independência e aversão ao lulismo(a qual chamou de corrupto), acabou virando ministra de Lula, e Grass seguiu o mesmo roteiro de conveniência.
Nas últimas eleições, sua campanha foi marcada por escândalos. Mais de 20 propagandas foram retiradas do ar pelo TRE-DF, que constatou abuso dos meios de comunicação, disseminação de fake news e difamações contra Ibaneis Rocha. Quem já viu a série Scandal entende o tipo de jogo sujo que Grass é capaz de jogar, e, se tiver nova chance, deve repetir a dose.

intensões de voto para governador do DF 2026, Paraná pesquisas
Digo isso pois o Paraná Pesquisas mostram um dado incômodo: os eleitores que pretendem votar em branco ou nulo (11,5%) superam os que votariam nele (9,7%). Ou seja, o eleitor prefere a indiferença ao seu nome.
Grass ainda tenta reviver a narrativa de valorização dos professores, a mesma que o PT repete há décadas, enquanto educadores continuam sendo recebidos com gás lacrimogêneo nas portas do Congresso(Nos anos de PT). Fala contra a PEC da Anistia e chama de PEC da Blindagem de PEC da Bandidagem, mas esquece do próprio histórico de excessos.
Do outro lado, Celina Leão mostra resultados. Com 37,2% na pesquisa estimulada, assume o Buriti com o respeito de quem entrega obras e governa com firmeza. Ao lado de Ibaneis, que mira o Senado, e de Michelle Bolsonaro, Celina consolida seu espaço como a verdadeira representante do brasiliense.
Enquanto Celina trabalha, Grass desce ladeira abaixo e se mantém como a “grama“, esquecido pelo PT e pelo eleitor. E o mais irônico: o partido que ele tanto defende parece nem lembrar que ele existe.