Decisão unânime do Superior Tribunal de Justiça mantém o ex-governador fora das urnas e reforça cobrança milionária por danos ao erário

Por Andrey Neves

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve, de forma unânime, a condenação de José Roberto Arruda por improbidade administrativa no caso conhecido como Caixa de Pandora. A decisão confirma que o ex-governador do Distrito Federal continua inelegível, afastando mais uma tentativa de retorno à política.

O processo, que já dura mais de uma década, envolve o desvio de recursos públicos e pagamento de propina por contratos de informática firmados durante sua gestão. A corte também manteve a cobrança de uma multa milionária avaliada em mais de meio bilhão de reais pelos prejuízos causados ao Distrito Federal.

Mesmo assim, Arruda tenta se manter no cenário político, citando supostas brechas legais e pesquisas eleitorais que o colocam em disputa. Mas a realidade jurídica o persegue: as decisões colegiadas do STJ reforçam que o ex-governador carrega no currículo o título de primeiro chefe de Executivo preso no exercício do cargo, em 2010.

Com o novo revés, a esperança de reabilitação política de Arruda parece cada vez mais distante e a memória dos escândalos que marcaram sua trajetória volta a cobrar caro.