Marco Aurélio Cárdenas Acosta, de 20 anos, foi atingido por um disparo a queima-roupa durante perseguição, e morreu após tentativa de socorro

Na manhã desta quarta-feira, o estudante de medicina Marco Aurélio Cárdenas Acosta, de 20 anos, foi morto em uma abordagem policial na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. A tragédia aconteceu em um hotel na Rua Cubatão, onde o jovem foi alvejado por um policial militar em circunstâncias ainda sendo investigadas.

Imagens de uma câmera de segurança interna mostram Marco Aurélio correndo pelo saguão do hotel, perseguido por policiais. Em determinado momento, o PM Guilherme Macedo tenta imobilizar o estudante, que resiste à abordagem. Logo após, o PM Bruno Carvalho do Prado entra no hotel e dá um chute no jovem, mas acaba caindo. Nesse instante, o cabo Macedo dispara contra Marco Aurélio, atingindo-o à queima-roupa.

O estudante foi socorrido e levado ao Hospital Ipiranga, onde passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias. De acordo com o boletim de ocorrência, a abordagem foi iniciada após Marco Aurélio supostamente ter agredido o retrovisor de uma viatura policial. Os PMs alegaram que o jovem tentou pegar a arma de um dos policiais, o que teria motivado o disparo, o que não é possível observar pelas imagens.

A Secretaria de Segurança Pública informou que os PMs envolvidos no incidente estão afastados das funções operacionais enquanto o inquérito é apurado. As imagens das câmeras corporais dos policiais serão analisadas como parte das investigações. Estudantes da Universidade EMBI Morumbi, onde Marco Aurélio estudava, prestaram homenagens nas redes sociais.