Medida é vista como mais um peso para o cidadão em meio a denúncias de corrupção e crise econômica

Por Andrey Neves

O Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, anunciou estudos para a criação de uma nova “Taxa Ambiental”, destinada a veículos com mais de 20 anos de uso. A cobrança, que seria equivalente a 1% do valor do veículo na tabela FIPE, tem como objetivo arrecadar recursos para financiar programas sociais, órgãos ambientais e iniciativas de preservação.

No entanto, a proposta gerou forte reação entre os brasileiros, que já enfrentam um cenário de altas cobranças tributárias. Haddad, apelidado de “Taxad” por muitos críticos, também anunciou recentemente que pessoas físicas deverão declarar Imposto de Renda ao movimentarem mais de R$ 5 mil por mês, o que gerou ainda mais descontentamento.

Para muitos, o impacto dessas medidas recai sobre o cidadão comum, que luta para equilibrar suas contas em um país com uma das moedas mais desvalorizadas de 2024. A visão geral é de que, se a corrupção fosse combatida de forma mais eficaz, não seria necessário impor tributos semelhantes aos praticados em países de primeiro mundo, onde a qualidade de vida e os serviços públicos são incomparavelmente melhores.

A proposta da nova taxa ainda está em fase de estudo, mas já reflete o descontentamento de uma população que enxerga nas recentes medidas fiscais mais uma tentativa de cobrir rombos financeiros gerados por má gestão e desvios de recursos. Enquanto o governo defende a necessidade de arrecadação para manter programas sociais e ambientais, parte da sociedade questiona se os benefícios realmente chegarão a quem mais precisa ou se serão apenas mais uma conta a ser paga.