Especialistas alertam para a importância da prevenção precoce diante do aumento de casos em pessoas com menos de 50 anos

O câncer colorretal, que tradicionalmente acometia pessoas acima dos 50 anos, tem registrado crescimento entre adultos mais jovens no Distrito Federal. A mudança no perfil dos pacientes preocupa médicos e autoridades de saúde, que destacam a necessidade de ampliar a prevenção e os exames de rastreamento mesmo entre aqueles fora do grupo considerado de risco até pouco tempo atrás.

Dados apontam que o tumor, que afeta o intestino grosso e o reto, é um dos mais frequentes no país. O aumento da incidência entre jovens tem sido associado ao estilo de vida — com alimentação pobre em fibras, consumo excessivo de ultraprocessados e sedentarismo — além de histórico familiar e fatores genéticos.

No DF, instituições de saúde como o Hospital de Base e o Instituto Hospital de Câncer oferecem atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com equipes multidisciplinares atuando desde o diagnóstico até o tratamento. A Secretaria de Saúde tem reforçado a necessidade de procurar atendimento ao notar sintomas como sangramentos nas fezes, dor abdominal persistente e alterações no hábito intestinal.

A prevenção continua sendo o melhor caminho: a realização de exames como a colonoscopia permite detectar lesões em estágio inicial ou até mesmo impedir o surgimento do câncer, por meio da remoção de pólipos antes que se tornem malignos.

A recomendação para iniciar os exames varia conforme o histórico familiar e a presença de sintomas. Mesmo sem sinais aparentes, pessoas a partir dos 45 anos já podem ser avaliadas, segundo as orientações atuais.

📷 Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF