Vírus comum na infância causa febre, lesões e pode afastar crianças das aulas por até dez dias

A circulação do vírus causador da síndrome mão-pé-boca voltou a preocupar escolas e famílias do Distrito Federal. Comum entre crianças de até cinco anos, a doença é altamente contagiosa e tem registrado aumento de casos neste período do ano. A infecção, causada por enterovírus, se espalha principalmente em ambientes com grande número de crianças, como creches e escolas, e exige medidas de prevenção mais rigorosas.

Os primeiros sintomas incluem febre alta, cansaço e dor de garganta. Em seguida, aparecem manchas vermelhas que evoluem para pequenas bolhas nas mãos, pés e interior da boca. Embora a maioria dos casos seja considerada leve, a criança precisa de repouso, boa hidratação e acompanhamento médico. O afastamento escolar é recomendado por até dez dias, ou até que as lesões cicatrizem completamente.

A Secretaria de Saúde alerta que a transmissão ocorre por contato direto com secreções, saliva, fezes ou objetos contaminados. Por isso, a higiene constante das mãos, a limpeza de brinquedos e superfícies e o isolamento dos infectados são fundamentais para evitar surtos. “As unidades escolares devem reforçar a observação dos sintomas e orientar os pais sobre a importância de manter a criança em casa caso apresente sinais da doença”, destaca a pediatra Cristiane Lessa.

Não existe vacina ou tratamento específico para a mão-pé-boca. Os cuidados se concentram no alívio dos sintomas, com antitérmicos e alimentação leve. Casos mais graves, com sinais de desidratação ou dificuldade para engolir, devem ser encaminhados ao serviço de saúde.

Apesar de não haver obrigatoriedade de notificação, a Vigilância Epidemiológica acompanha os casos com base em relatos das instituições de ensino. Especialistas reforçam que o papel das famílias e das escolas é essencial para conter a disseminação da doença.