Modelo de gestão compartilhada é elogiado por alunos, pais e professores por trazer disciplina, segurança e resultados

A introdução do modelo de gestão compartilhada cívico-militar em escolas do Distrito Federal tem recebido avaliações altamente positivas. Em unidades analisadas, os índices de aprovação considerando opiniões de alunos, pais, professores e servidores variam entre 81,4 % e 98,3 %, com destaque para o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 17 de Taguatinga, que atingiu o maior índice de satisfação.

Implementada em áreas identificadas com maiores índices de vulnerabilidade, a gestão compartilhada estabelece parceria entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública. Os militares, da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros, apoiam a rotina escolar, participando da recepção dos alunos, dos momentos cívicos e do acompanhamento disciplinar. Atuam também no contraturno, em projetos que incentivam a cultura, o esporte e a música.

A diretora do CEF 17, Andréia Ferreira, destaca os benefícios dessa presença: o ambiente escolar se tornou mais seguro e acolhedor, e os alunos passaram a refletir sobre escolhas, futuro, prevenção de riscos e objetivos de vida. Estudantes relatam mudanças positivas: mais comprometimento, organização e ambições como carreira militar ou medicina.

Um dos exemplos marcantes é o de um aluno de 16 anos que retornou à escola após ter sido expulso por comportamento problemático, encontrando um ambiente mais estruturado que o motivou. Já uma mãe relatou ter percebido uma mudança significativa no comportamento dos filhos e na sensação de tranquilidade ao deixá-los na escola o que gerou alívio também em sua rotina familiar.

O modelo atualmente está presente em 25 escolas, com suporte de 17 instituições vinculadas ao Corpo de Bombeiros e 8 à Polícia Militar, espalhadas por regiões como Taguatinga, Gama, Samambaia, Ceilândia, Planaltina, Lago Norte, Recanto das Emas, Brazlândia e outras. Três unidades dessa rede estão entre as melhores em termos de desempenho no Ideb da rede pública do DF.

A previsão é que até o final de 2026 o programa seja ampliado para 40 escolas. A iniciativa reforça o papel da parceria entre segurança pública e educação para criar ambientes mais seguros, com disciplina, cidadania e qualidade de ensino.