Justiça do DF declara greve dos professores ilegal e impõe multa de R$ 1 milhão por dia
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Categoria promete manter paralisação mesmo com ameaça de corte de ponto e sanção judicial
A Justiça do Distrito Federal considerou ilegal a greve dos professores da rede pública, prevista para começar em 3 de junho. A decisão é da desembargadora Lucimeire Maria da Silva, do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), que atendeu a um pedido do Governo do DF e classificou o movimento como abusivo. A magistrada determinou multa de R$ 1 milhão por dia ao Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), caso a paralisação seja mantida.
A decisão judicial também autoriza o corte de ponto dos professores grevistas e estabelece a realização de uma audiência de conciliação em até 15 dias, com a participação do Sinpro, da Secretaria de Educação e do Ministério Público. O sindicato, por sua vez, já anunciou que recorrerá da decisão e manterá a greve, afirmando que a paralisação só pode ser encerrada por deliberação da categoria em assembleia.
O Sinpro-DF reivindica reestruturação da carreira docente, valorização salarial e progressões por titulação. Também cobra o reconhecimento do tempo de serviço dos professores temporários. A categoria argumenta que as promessas feitas pelo governo ainda não foram cumpridas, mesmo após diversas tentativas de negociação.
Por outro lado, o GDF afirma ter concedido reajuste salarial de 18% em três parcelas, a última prevista para julho deste ano, além da incorporação de gratificações e revisão de benefícios. O governo considera a greve desproporcional e alega que as negociações estavam em curso quando foi aprovada a paralisação.
A assembleia que decidiu pela greve ocorreu em 27 de maio e reuniu milhares de docentes. O clima é de tensão entre o Executivo e o sindicato, e o impasse pode afetar o funcionamento das escolas públicas nos próximos dias.
Foto: (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)