Mudança no Cálculo do Fundo Constitucional do DF Ameaça Saúde, Educação e Segurança

Published On: 03/12/2024 13:45

Compartilhar

Proposta do governo federal pode causar perdas bilionárias e impactar diretamente a qualidade de vida dos brasilienses

A capital federal enfrenta uma grave ameaça ao financiamento de serviços essenciais. O governo federal, por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma proposta para alterar o cálculo do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Essa mudança, caso aprovada, pode reduzir drasticamente os recursos destinados às áreas de saúde, segurança e educação.

Atualmente, o reajuste do fundo é vinculado à Receita Corrente Líquida da União, garantindo um crescimento proporcional às necessidades de Brasília. A proposta do governo, no entanto, prevê que o reajuste seja feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Especialistas alertam que isso resultará em perdas de até R$ 800 milhões já em 2025, podendo atingir um acumulado de R$ 12 bilhões nos próximos anos.

O governador Ibaneis Rocha classificou a proposta como um golpe direto na população e lembrou que a estrutura de Brasília atende não só os moradores locais, mas também órgãos nacionais e internacionais. “Essa medida afeta a todos que dependem da estrutura da capital do país. Não é só Brasília que sofrerá, mas o Brasil como um todo”, afirmou.

O secretário de Economia, Ney Ferraz, reforçou o alerta, destacando o risco de colapso em serviços essenciais. “Se essa proposta avançar, hospitais, escolas e delegacias ficarão sem recursos suficientes para operar. Isso é inaceitável em qualquer gestão responsável”, pontuou.

Em menos de dois anos, o atual governo já enfrenta críticas por outras decisões polêmicas, como a demora na execução de investimentos prioritários e o aumento da carga tributária. A mudança no FCDF é vista como mais um capítulo de uma gestão que, segundo críticos, tem dificultado o equilíbrio fiscal e a qualidade dos serviços públicos.

Enquanto isso, a população do Distrito Federal aguarda mobilizações e negociações para evitar um retrocesso que pode afetar diretamente sua qualidade de vida. O debate segue intenso, e a pressão popular será determinante para o desfecho desta situação.

 

Faça um comentário