Variante da Ômicron chama atenção por maior transmissibilidade e já foi identificada em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina

Por Kelly Souza

Uma nova variante do vírus Sars-CoV-2, ligada à cepa Ômicron, foi identificada no Brasil e já preocupa especialistas. A variante, que circula desde junho em países como Alemanha e rapidamente se espalhou pela Europa, Américas, Ásia e Oceania, agora foi detectada em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O Instituto Oswaldo Cruz confirmou a presença da nova cepa em dois pacientes da capital fluminense, diagnosticados com Covid-19 em setembro.

O infectologista Juan Fernandes alerta para o fato de que, embora a nova variante tenha mostrado sinais de maior transmissibilidade, não há, até o momento, dados suficientes que indiquem um aumento na gravidade dos casos ou nas taxas de hospitalização. “Precisamos observar como será o comportamento desta variante em uma população com alta taxa de imunização, como a brasileira”, ressalta o especialista.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já incluiu a nova variante em sua lista de monitoramento, com mais de 2.400 sequências genéticas identificadas em 35 países. Mutações virais são comuns e esperadas, e, segundo Fernandes, é necessário aguardar mais informações sobre os impactos epidemiológicos da chegada dessa nova subvariante ao Brasil.

No entanto, especialistas destacam que a imunização em massa, mesmo com vacinas desenvolvidas antes da emergência dessa variante, pode ajudar a mitigar os efeitos. O comportamento da variante em outros países sugere um aumento da circulação do vírus, mas o impacto no Brasil ainda é incerto devido às características imunológicas da população local.