Índice de 53 por cento afasta ex-governador de qualquer disputa viável e reforça desgaste acumulado ao longo dos anos

A nova medição de rejeição atribuída a José Roberto Arruda, que alcança 53 por cento entre os eleitores do Distrito Federal, expõe um cenário raro na política local: a cristalização de um sentimento que ultrapassa ciclos eleitorais e mantém vivo o desgaste de escândalos antigos e recentes. Mesmo fora de cargos públicos há anos, o ex-governador segue associado a episódios que marcaram a memória coletiva do eleitor, o que limita qualquer possibilidade real de retorno competitivo às urnas.

O índice, acima da metade do eleitorado, representa um bloqueio difícil de transpor em campanhas majoritárias. Em disputas para o Buriti, rejeição elevada tende a restringir alianças, reduzir investimento político e afastar grupos que normalmente se movimentam diante de nomes fortes. A percepção dominante é de que o passivo de Arruda não apenas persiste como também ganhou novos contornos diante de decisões judiciais que o mantêm inelegível.

A combinação entre desgaste, rejeição consolidada e barreras legais cria um ambiente em que o nome de Arruda se torna cada vez menos viável, mesmo para quem ainda vê espaço para sua influência nos bastidores. A leitura predominante entre analistas é que o eleitorado do DF já definiu, com clareza, que não pretende revisitar esse capítulo da política local.

Enquanto outros pré-candidatos tentam ocupar espaços e construir narrativas, a rejeição massiva ao ex-governador funciona como divisor de águas. O recado do eleitor é direto: as feridas políticas do passado seguem abertas e continuam determinando os limites do futuro.

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